segunda-feira, 18 de março de 2013

Bruno Senna exalta aprendizado em Sebring.

Apesar do resultado final distante das expectativas da Aston Martin, Bruno Senna afirmou que o balanço de sua estreia na temporada de Endurance com o modelo Vantage GT foi mais do que positivo. O carro da tradicional marca inglesa terminou apenas em 23º na classificação geral e 8º na categoria, na 61ª edição das 12 Horas de Sebring.

Para Bruno, que dividiu o cockpit com o inglês Darren Turner e o alemão Stefan Mucke, os objetivos da equipe eram outros. “Essa corrida não faz parte do nosso calendário. Claro que que queríamos algo melhor em termos de posição de chegada, mas estamos aqui muito mais com o propósito de desenvolver o carro para o Mundial de Endurance, especialmente para as 24 Horas de Le Mans”, explicou.

A vitória absoluta foi do Audi R8 e-tron quattro do trio Fassler-Treluyer-Jarvis, enquanto o Corvette C6 ZR1 de Gavin-Milner-Westbrook levou a melhor entre os GT. As chances de Bruno e seus parceiros foram comprometidas ainda antes dos 60 minutos iniciais, quando Turner ficou no meio de um choque que envolveu ainda uma Ferrari, um Corvette e o outro Vantage. “Foi uma coisa meio que de corrida, mas os danos no radiador foram severos, o motor começou a superaquecer e perdemos 17 voltas para os reparos nos boxes. A diferença ficou impossível de descontar, apesar do ritmo muito bom que mantivemos ao longo de toda a prova”, comentou Bruno.


Bruno estava afastado das corridas de longa duração desde 2009, quando disputou três provas pela Oreca. E o retorno o encontrou longe das melhores condições físicas. Derrubado por uma virose estomacal no começo da semana, Bruno foi obrigado a passar por tratamento à base de soro e chegou a ter a presença no grid ameaçada. “Depois de tudo o que passei nestes dias, dá para dizer que foi ótimo. Consegui fazer os dois turnos duplos e terminei bem, não no melhor da minha forma, mas andando em ritmo competitivo”.

Segundo Bruno, as características do circuito foram outro complicador. “Esta pista é um pouco estressante para uma corrida de 12 horas, com muitas ondulações e sujeira. É muito difícil administrar o tráfego, principalmente à noite. De dia, você vê os carros pelo retrovisor; à noite, no entanto, só vê a luz no espelho e não sabe quem está chegando, se é um protótipo muito mais rápido ou um GT. Vamos ter de conversar dentro da equipe para melhorar as informações nesse momento”.

O novo carro da Aston Martin foi aprovado em seu batismo de pista, na avaliação do piloto brasileiro. “Não tivemos problema algum, a não ser aquela pancada. Nossa principal meta aqui era avaliar a competitividade do carro, e ele passou no teste. Tanto que ele está na garagem aqui em Sebring prontinho para os treinos desta segunda-feira, quando vamos reiniciar nossa simulação de uma corrida de 24 horas. Nem será lavado”, brincou.

Fonte MF2 - Fotos ALMS - divulgação 

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