O Grande Prêmio das concubinas fez a Cidade Proibida tremer ! Poucas foram as oportunidades em que uma corrida da categoria foi tão movimentada, principalmente em seu final, como o GP da China de 2011. Pena que o chinês parece não ligar tanto para a categoria, o autódromo estava com vários lances de arquibancadas vazias, do qual foram expostas mensagens do governo ou informes publicitários. O maravilhoso autódromo de Xangai merecia estar sufocadamente lotado para o espetáculo que se desenhou em suas retas e curvas. As inovações técnicas, como o kers, as asas móveis e os pneus descartáveis da Pirelli garantiram a emoção na pista.
O resultado final, com a vitória do Robinho da McLaren, me fez ter esperanças de que a disputa venha a se equilibrar, principalmente nas pistas de alta velocidade. As diferentes táticas de pits, além do uso dos novos recursos dos carros, permitiram um revezamento nas primeiras posições, em que diversos pilotos se revezaram na ponta e na queda de rendimento. Foi uma constante na corrida, um piloto sumia na frente, outro perdia posições, depois o que sumiu perdia rendimento, e o que estava atrás recuperava força.
O Botão chegou a dar pinta de que venceria no início, mas começou a jogar por terra as chances que tinha quando resolveu tomar um RedBull antes de sua parada nos boxes da McLaren. Pena que o Sebastião teve a mesma idéia, e deve que sair do drive thru antes da hora. Imagine a cara do pessoal da McLaren vendo o Botão parado nos boxes da Red Bull... Fiquei sabendo que alguns mecânicos do time cromado tiveram até crise de ciúmes, e disseram que o preferem ver feliz com outra do que infeliz na equipe.
Mas feliz mesmo saiu o Robinho, após a tática que o devolveu a pista em melhor estado do que os ponteiros que pararam antes e após 5 voltas estavam com pneus quadrados. Aos poucos eles foram caindo, Sancho Pança da Ferrado, Sebastião da Toro Rosso, caneco nas mãos do Robinho e a garantia de que as desavenças do início da semana serão esquecidas. Ainda no campo dos ciúmes, Robinho garantiu que fidelidade tem limite. Confesso que não entendi o que ele quis dizer com isso, seria alguma mensagem para a noiva ? Acredito que não, reclamando do que sujeito ? Tem um dos melhores carros da categoria, vá correr na Marussia Virgin para ver o que é bom...
Na Ferrari o Don Quixote mais uma vez andou atrás do Sancho Pança, aliás o Sancho Pança vem largando bem. Correndo pela Ferrado, nosso fiel piloto parece estar renascendo das cinzas, e se não fosse a camisinha paraguaia da qual usou para encapar os pneus, poderia ter brigado pela vitória até. Bom desempenho do Pança, espero vê-lo subindo de produção cada vez mais, e desbancar o velho cavalheiro medieval. Aliás, estou estranhando o Dom Quixote ainda não ter dado alguns pitis maiores, com o carro que tem em mãos, costuma chorar uma barbaridade. Teve grandes momentos na prova, como o duelo com o Xumacher, isso mesmo, Xumacher. A partir de hoje só o chamarei assim, pois o que ele tem levado de X, não está escrito companheiro.
Apesar de ter sido combatente, continuo com a mesma opinião sobre o Corredor X, vai pra casa, não precisa disso. Nesta corrida o carro estava até que redondinho, mas mesmo assim tomou pau do Nicão, que diversão é esta sócio ? Andei puxando pelo youtube e vi ao longo da carreira do Xumacher diversos X que ele tomou, mesmo no auge, ele gosta, fala a verdade. Aliás dizem os boatos nos boxes que ele diz aos pilotos - “Olhem aqui, eu não sou fácil de ultrapassar, mas se forem fazer, que seja um X. Don Quixote fez o manobra do X e levou a galera ao delírio, Olé Toro! Todo mundo dá um X no Xumacher hoje, virou passarela para piloto dizer, dei um X no maior campeão da F1. A garotada agradece. Falando no Don Quixote, finalmente ele conseguiu ultrapassar ao Czar em uma prova, mas levou um suador daqueles. O Czar aliás ainda estava meio zonzo dos pulos que andou dando em Sepang, aliás, que saída de curva é aquela, para morrer um basta um pulo um pouco inclinado e uma abraço.
Na Red Bull enquanto o kers não funciona, a equipe alternou momentos de vitória, perda e recuperação. O Ogro com saudades da época da Jaguar resolveu sair lá atrás, e fez uma corrida de recuperação do qual guardou o melhor pro final, aproveitando dos pneus quadrados. Veio ultrapassando a galera com facilidade e a cada passagem com seu touro indomável, a galera gritava – Olé Toro! Sebastião perdeu o ritmo, era toro que ficava e toro que vinha, e o Robinho gritou ao final, olé Toro !
Quanto ao Rubinho Barrivelho, só me reste lamentar, coitado do Barrivelho, o carro é uma âncora, não vai nem com reza brava, isso quando não quebra. O Pastor nem teve tempo para um culto, e dificilmente terá neste ano com o carro que tem em mãos.
Até agora eu não sei dizer o que uma das Hispanias buscava fazer na pista, além de se arrastar, teve um dado momento em que eu a vi, claro, bem no fundo da imagem, fazendo zigue-zagues na pista em pleno terço final da prova. Era o carro do Don Juan ou do Gandhi ?
É isso aí, até mais galera !
Texto escrito por Daniel Gimenes, para ver mais matérias do autor acesse : www.portaldanigimenes.blogspot.com
Muito bom o texto, e sempre bem humorado o Daniel, show de bola essa parceria ...
ResponderExcluirObrigado pelo comentário !
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