quinta-feira, 31 de março de 2011

GP da Austrália, cadê você Fred ? Por Daniel Gimenes


O Grande Prêmio da Austrália deu a largada para a temporada 2011 da Fórmula 1. A corrida começou cercada de novidades, principalmente sobre as regras que visam dar mais competitividade à categoria. Há muito se debate sobre as dificuldades de ultrapassagem na Fórmula 1. Em minha humilde e ignorante opinião, creio que pode ser feita qualquer alteração nos carros, asas móveis e o que for para facilitar uma ultrapassagem, mas dificilmente teremos disputas como nos anos da década de 1970 e 1980. A explicação ? Os freios e o sistema de troca de marchas! Nunca foram tão eficientes, e literalmente em cima deles pode ser creditada a maior dificuldade em se ultrapassar. 

Com câmbios manuais, freios menos eficientes, os grandes “botas” de décadas passadas mostravam claramente a diferença entre os homens e os meninos. Não quero aqui ficar comparando épocas diferentes, mas tenho comigo que Sebastian Vettel não seria campeão com tão pouca idade em épocas anteriores, caso pilotasse um carro que fosse mais mecânico. As asas móveis já começaram a criar polêmica, como nos carros do Tequila (Sergio Pérez) e do Sushi (Kamui Kobayashi) . Os dois pilotos da Sauber terminaram a corrida na sétima e oitava posições respectivamente, mas a perderam (até o momento) por irregularidades milimétricas nas asas. Caberá ao martelo do juíz decidir o resultado oficial do GP da Austrália.

A prova em si chegou a empolgar e mostrou algumas surpresas. O Sebastião (Sebastian Vettel – Red Bull) disse a que veio e conduziu com extrema precisão seu toro indomável pelas ruas do Albert Park. A chupeta não caiu e ganhou o tão cobiçado troféu do canguru. O Robinho (Lewis Hamilton, McLaren – Mercedes) levou a equipe a uma boa segunda colocação, e pode vir a disputar o título caso o time cromado desenvolva bem o carro no restante da temporada. O Czar (Vitaly Petrov – Renault – Lotus) guiou com competência e vem colocando as mangas de fora, com certeza o Dom Quixote (Fernando Alonso – Ferrari) ficou muito feliz pelo desempenho do russo. O Botão (Jenson Button – McLaren Mercedes) penou para ultrapassar o Sancho Pansa (Felipe Massa – Ferrado) e terminou a prova na quarta colocação. Além dos brasileiros que foram mal durante o final de semana, o Fred Flintstone (Mark Webber – Red Bull) tenha desapontado os torcedores australianos no Albert Park, vindo a ser apenas uma sombra do que foi o desempenho do Sebastião. 

Rubens Barrivelho (Rubens Barrichello – Williams) também não se entendeu com o carro, pneus, circuito, efeito estufa, crise nuclear, mulher, filhos e não fez absolutamente nada. Foi uma pena, pois esta é se eu não me engano a primeira temporada que ele inicia sem dizer que tem chances de ser campeão, a décima nona. Pelo menos um resultado melhor o Barrivelho merecia. O Miguel (Michael Schumacher - Mercedes) começou o ano como terminou, andando no pelotão do meio e atrás do Nicão (Nico Rosberg – Mercedes). Está ficando feio Miguel, vai por mim, a aposentadoria era bem melhor, posso queimar a língua, mas dificilmente será o piloto que já fora um dia. Levar pau do Nicão em uma corrida até vai, mas o ano todo sócio? 2011 também? Vá criar cachorro que você ganha mais...

A Hispania fez a melhor corrida de sua curta história na F-1, o carro não quebrou, os pilotos não bateram, não atrapalharam em minuto algum o ritmo dos ponteiros e terminaram na posição de sempre, nos últimos lugares, sem terem largado e pouparam o equipamento. Segundo o Dom Juan (Vitantonio Liuzzi), foram vencedores, pois é, vencedores... Até a próxima! 
 
Texto escrito pelo Daniel Gimenes, para ver mais matérias do autor acesse : www.portaldanigimenes.blogspot.com

2 comentários:

  1. Fantástico post, humor na F1 é o que faltava. Parabéns Daniel e Rogério Lima...

    João Henrique - Canadá

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  2. Valeu João pelos comentários sempre, Abraços

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