Apesar do
resultado final distante das expectativas da Aston Martin, Bruno Senna afirmou que o balanço de sua estreia na temporada de Endurance
com o modelo Vantage GT foi mais do que positivo. O carro da
tradicional marca inglesa terminou apenas em 23º na classificação
geral e 8º na categoria, na 61ª edição das 12 Horas de Sebring.
Para
Bruno, que dividiu o cockpit com o inglês Darren Turner e o alemão
Stefan Mucke, os objetivos da equipe eram outros. “Essa corrida não
faz parte do nosso calendário. Claro que que queríamos algo melhor
em termos de posição de chegada, mas estamos aqui muito mais com o
propósito de desenvolver o carro para o Mundial de Endurance,
especialmente para as 24 Horas de Le Mans”, explicou.
A vitória
absoluta foi do Audi R8 e-tron quattro do trio
Fassler-Treluyer-Jarvis, enquanto o Corvette C6 ZR1 de
Gavin-Milner-Westbrook levou a melhor entre os GT. As chances de
Bruno e seus parceiros foram comprometidas ainda antes dos 60 minutos
iniciais, quando Turner ficou no meio de um choque que envolveu ainda
uma Ferrari, um Corvette e o outro Vantage. “Foi uma coisa meio que
de corrida, mas os danos no radiador foram severos, o motor começou
a superaquecer e perdemos 17 voltas para os reparos nos boxes. A
diferença ficou impossível de descontar, apesar do ritmo muito bom
que mantivemos ao longo de toda a prova”, comentou Bruno.
Bruno
estava afastado das corridas de longa duração desde 2009, quando
disputou três provas pela Oreca. E o retorno o encontrou longe das
melhores condições físicas. Derrubado por uma virose estomacal no
começo da semana, Bruno foi obrigado a passar por tratamento à base
de soro e chegou a ter a presença no grid ameaçada. “Depois de
tudo o que passei nestes dias, dá para dizer que foi ótimo.
Consegui fazer os dois turnos duplos e terminei bem, não no melhor
da minha forma, mas andando em ritmo competitivo”.
Segundo
Bruno, as características do circuito foram outro complicador. “Esta
pista é um pouco estressante para uma corrida de 12 horas, com
muitas ondulações e sujeira. É muito difícil administrar o
tráfego, principalmente à noite. De dia, você vê os carros pelo
retrovisor; à noite, no entanto, só vê a luz no espelho e não
sabe quem está chegando, se é um protótipo muito mais rápido ou
um GT. Vamos ter de conversar dentro da equipe para melhorar as
informações nesse momento”.
O novo
carro da Aston Martin foi aprovado em seu batismo de pista, na
avaliação do piloto brasileiro. “Não tivemos problema algum, a
não ser aquela pancada. Nossa principal meta aqui era avaliar a
competitividade do carro, e ele passou no teste. Tanto que ele está
na garagem aqui em Sebring prontinho para os treinos desta
segunda-feira, quando vamos reiniciar nossa simulação de uma
corrida de 24 horas. Nem será lavado”, brincou.
Fonte MF2
- Fotos ALMS - divulgação
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